quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO


QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO



A busca da adaptação do homem ao trabalho é algo que vem desde Taylor (1856-1915) quando o mesmo priorizou técnicas que reduziam o esforço desnecessário, otimizando e aumentando assim a produção e o lucro, atitude essa que posteriormente foi aprimorada por Henry Ford (1863-1947) o que ficou conhecido como o modo de produção de taylorismo e fordismo e que depois culminou na sátira de Chaplin no filme Tempos Modernos (1936) onde o ator caricatura a imagem de um “homem máquina” que mesmo após o término do seu trabalho continuava fazendo os movimentos inerentes a sua profissão.



Hoje apesar dos avanços do mundo moderno, continuamos pressionados a desenvolver múltiplas funções na vida profissional, estudantil, social e familiar. Desta maneira cabe a administração de recursos humanos (ARH) traçar planos que busquem aperfeiçoar a qualidade de vida no trabalho (QVT) uma vez que passamos 1/3 de nosso dia em um relacionamento trabalhista com pessoas que na maioria das vezes não escolhemos, simplesmente fomos inseridos. Situações como essas, produzem estresse que nada mais é que a resposta fisiológica e comportamental dada por um indivíduo que procura adaptar-se as pressões internas e/ou externas, apesar do estresse está sendo tratado como o mal do século é algo necessário a todo ser humano, pois ele é o alerta dado pelo nosso organismo sobre alguma situação, o mal que ele causa é justamente quando está fora do padrão normal. Para medir o seu nível de estresse anexamos a esse texto uma planilha que irá dizer seu nível de estresse. (Anexo 1).

Portanto quais são as conseqüências que o estresse tem trazido a sociedade:

1.      Perda de qualidade de vida das pessoas;

2.      Diminuição da produtividade e aumento do absenteísmo nas empresas;

3.      Redução de rendimento escolar;

4.      Desgastes físico mental da sociedade em geral com elevação da incidência de doenças nos sistemas cardiocirculatório, respiratório, gastrointestinal, alergias e doenças emocionais (depressão, síndrome do pânico e distúrbio do sono).



Sintomas esses que segundo Andrews (2003) tem acarretado 90% das consultas médicas, sem esquecer que quando um ser humano adoece a empresa, a família e a sociedade adoecem também. Gerando assim ambientes hostis, onde a amizade, a solidariedade e a segurança são substituídos por competição, hostilidade e ansiedade.

Desta feita cabe aos gestores de recursos humanos (GRH) diagnosticar, planejar e executar tarefas que diminuam esse número assustador de afastamento médico de seus colaboradores, sabendo que esses benefícios podem ser atitude simples como a ergonomia (adaptação do trabalho ao homem), orientação dos funcionários acerca de suas atribuições, ginásticas laborais, benefícios agregados a remuneração, livre acesso ao sites das redes sociais (Facebook, Orkut ) uma vez que pesquisa recente publicou no Brasil e em outros 13 países 44% dos entrevistados avaliam que o acesso a esses sites é melhor do que um aumento salarial. Link da pesquisa: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/redes-sociais-no-trabalho-quais-sao-os-limites/60351/

Porém não devemos esquecer a parcela de responsabilidade de cada colaborador na diminuição deste agravo gerado pelo estresse, o autoconhecimento é um deles, pois o indivíduo precisa saber o que tem gerado esse alto nível de estresse, e uma vez identificando o agente, erradicá-lo com medidas de auto-cuidado, atitudes essas que proporcionarão um equilíbrio físico e mental. No anexo 2 trazemos algumas práticas que poderão auxiliar no controle do estresse.

Atitudes simples como abordada no último anexo poderão ser de grande valia ao gestor de RH, que neste mundo multifacetado precisar aplicar medidas multidisciplinares, além das já conhecidas como as medicamentosas, o indivíduo precisa ser avaliado como uma tricotomia (alma, corpo e espírito).

É o papel do administrador de recursos humanos se ampliando frente ao leque de possibilidade que emergem no mercado para sanar a necessidade de qualidade de vida no trabalho.



REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA


ANDREWS, Susan. Stress a seu favor: Como gerenciar a sua vida em tempos de crise/  Susan Andrews, Tradução Niels Nikolay Gudme – São Paulo. Editora Agora, 2003. 
           Sítio da Web: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/redes-sociais-no- trabalho-quais-sao-os-limites/60351/ acessado 14 de dezembro de 2011 as 15h40min.

                                                                          ANEXO 1
SINAIS E SINTOMAS DE ESTRESSE: AUTO-OBSERVAÇÃO
Sinais e sintomas
Freqüentemente.
Às vezes.
Cansaço: Sentindo falta de energia que você costumava ter.


Nervoso, ansioso.


Músculos tensos ou doloridos.


Dificuldade de concentração.


Esquecendo-se mais das coisas, memória fraca


Querendo fugir de tudo, vontade de livrar-se dos compromissos.


Falando muito e muito rápido.


Comendo em excesso.


Sem apetite.


Sono agitado, pesadelo.


Hipersensível, sempre preste a chorar.


Confuso, sem saber claramente o que quer.


Constipação.


Diarréia


Triste ou deprimido.


Agressivo ou supercrítico.


Dormindo demais.


Dificuldade para dormir.


Resfriado freqüentemente.


Problemas de pele (alergias)


Taquicardia sem causa aparente.


Problemas cardíacos (Arritmia, Bloqueio)


Dificuldade em respirar? Respiração superficial, rápidas apnéias.


Cefaléias, enxaquecas.


Pressão alta.


Ingerindo bebidas alcoólicas em excesso.


Problemas menstruais e cólicas.


Nota:
Caso o resultado dê mais de 3 características  com opção  Freqüentemente, você está com um nível de estresse que demanda cuidados, comece a realizar as atividades que constam no anexo 2.

ANEXO 2
DICAS PARA A REDUÇÃO DO ESTRESSE

1.     Prepare-se para o dia seguinte na noite anterior. Faça uma lista de todas as coisas que precisa fazer no dia seguinte, organize as roupas que irá usar;
2.    Não dependa de sua memória. Escreva os compromissos marcados;
3.    Deixe 15 minutos de tempo extra para chegar a seus encontros. Programe um dia realístico: deixe tempo suficiente entre os encontros;
4.    Organize-se! Deixe seu quarto e local de trabalho em ordem, de modo que você saiba exatamente onde as coisas estão;
5.    Aprenda a dizer “não”. Recuse projetos extras ou convites sociais para os quais sabe que não possui energia. Aprenda a delegar responsabilidades para outras pessoas;
6.    Mantenha-se em silêncio todos os dias num período particular, para introspecção e meditação. Desligue seu telefone quando estiver nesses momentos de silêncio e relaxamento;
7.    Faça breves pausas. Pequenas pausas de dez minutos durante o trabalho são fundamentais para repor a energia mais rapidamente. Ocupe-se com uma distração mental temporária – uma mudança de atividade ou de ambiente para refrescar sua mente. E não se esqueça de fazer pausas para a refeição;
8.    Nada pode lhe deixar nervoso ou desanimado tão rápido quanto o envolvimento com pessoas ansiosa ou deprimidas. Quando você tem de que lhe dar com pessoas irritantes ou negativas, respire lentamente e profundamente e faça um esforço determinado para manter sua mente positiva. E lembre-se irritabilidade é a maneira mais segura para você aumentar seus hormônios venenosos do estresse e provocar doenças;
9.    Confira sua respiração constantemente ao longo do dia, especialmente durante e após situações estressantes. Se você perceber que seus músculos estomacais estão presos e que sua respiração está superficial, relaxe completamente e faça respirações diafragmáticas, lenta e profundamente;
10.                      Exercite-se ou caminhe ao menos por 30 minutos. Caminhar ao ar livre é muito melhor do que horas de exercícios numa academia;
11.                      Cuide de sua dieta. Elimine ou diminua a quantidade de cafeína, açúcar branco e gordura animal de sua alimentação;
12.                      Todos os dias faça algo que você ama fazer, e acrescente um pouco de amor em cada coisa que fizer.
Fonte anexo 1 e 2: ANDREWS, Susan. Stress a seu favor: Como gerenciar a sua vida em tempos de crise/  Susan Andrews, Tradução Niels Nikolay Gudme – São Paulo. Editora Agora, 2003.



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