QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO
A
busca da adaptação do homem ao trabalho é algo que vem desde Taylor (1856-1915)
quando o mesmo priorizou técnicas que reduziam o esforço desnecessário,
otimizando e aumentando assim a produção e o lucro, atitude essa que posteriormente
foi aprimorada por Henry Ford (1863-1947) o que ficou conhecido como o modo de
produção de taylorismo e fordismo e que depois culminou na
sátira de Chaplin no filme Tempos Modernos (1936) onde o ator caricatura a
imagem de um “homem máquina” que mesmo após o término do seu trabalho
continuava fazendo os movimentos inerentes a sua profissão.
Hoje
apesar dos avanços do mundo moderno, continuamos pressionados a desenvolver
múltiplas funções na vida profissional, estudantil, social e familiar. Desta
maneira cabe a administração de recursos humanos (ARH) traçar planos que
busquem aperfeiçoar a qualidade de vida no trabalho (QVT) uma vez que passamos
1/3 de nosso dia em um relacionamento trabalhista com pessoas que na maioria
das vezes não escolhemos, simplesmente fomos inseridos. Situações como essas,
produzem estresse que nada mais é que a resposta fisiológica e comportamental
dada por um indivíduo que procura adaptar-se as pressões internas e/ou
externas, apesar do estresse está sendo tratado como o mal do século é algo
necessário a todo ser humano, pois ele é o alerta dado pelo nosso organismo
sobre alguma situação, o mal que ele causa é justamente quando está fora do
padrão normal. Para medir o seu nível de estresse anexamos a esse texto uma
planilha que irá dizer seu nível de estresse. (Anexo 1).
Portanto
quais são as conseqüências que o estresse tem trazido a sociedade:
1. Perda
de qualidade de vida das pessoas;
2. Diminuição
da produtividade e aumento do absenteísmo nas empresas;
3. Redução
de rendimento escolar;
4. Desgastes
físico mental da sociedade em geral com elevação da incidência de doenças nos
sistemas cardiocirculatório, respiratório, gastrointestinal, alergias e doenças
emocionais (depressão, síndrome do pânico e distúrbio do sono).
Sintomas esses que segundo Andrews (2003) tem
acarretado 90% das consultas médicas, sem esquecer que quando um ser humano
adoece a empresa, a família e a sociedade adoecem também. Gerando assim
ambientes hostis, onde a amizade, a solidariedade e a segurança são substituídos
por competição, hostilidade e ansiedade.
Desta feita cabe aos gestores de recursos humanos
(GRH) diagnosticar, planejar e executar tarefas que diminuam esse número
assustador de afastamento médico de seus colaboradores, sabendo que esses benefícios
podem ser atitude simples como a ergonomia (adaptação do trabalho ao homem),
orientação dos funcionários acerca de suas atribuições, ginásticas laborais,
benefícios agregados a remuneração, livre acesso ao sites das redes sociais (Facebook, Orkut ) uma vez que pesquisa
recente publicou no Brasil e em outros 13 países 44% dos entrevistados avaliam que
o acesso a esses sites é melhor do que um aumento salarial. Link da pesquisa: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/redes-sociais-no-trabalho-quais-sao-os-limites/60351/
Porém não devemos esquecer a parcela de
responsabilidade de cada colaborador na diminuição deste agravo gerado pelo
estresse, o autoconhecimento é um deles, pois o indivíduo precisa saber o que
tem gerado esse alto nível de estresse, e uma vez identificando o agente,
erradicá-lo com medidas de auto-cuidado, atitudes essas que proporcionarão um
equilíbrio físico e mental. No anexo 2 trazemos
algumas práticas que poderão auxiliar no controle do estresse.
Atitudes simples como abordada no último anexo
poderão ser de grande valia ao gestor de RH, que neste mundo multifacetado
precisar aplicar medidas multidisciplinares, além das já conhecidas como as
medicamentosas, o indivíduo precisa ser avaliado como uma tricotomia (alma,
corpo e espírito).
É o papel do administrador de recursos humanos se
ampliando frente ao leque de possibilidade que emergem no mercado para sanar a
necessidade de qualidade de vida no trabalho.
REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICA
ANDREWS,
Susan. Stress a seu favor: Como gerenciar a sua vida em tempos de crise/ Susan Andrews, Tradução Niels Nikolay Gudme –
São Paulo. Editora Agora, 2003.
Sítio da Web: http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/redes-sociais-no- trabalho-quais-sao-os-limites/60351/ acessado 14 de dezembro de 2011 as 15h40min.
ANEXO 1
SINAIS
E SINTOMAS DE ESTRESSE: AUTO-OBSERVAÇÃO
Sinais
e sintomas
|
Freqüentemente.
|
Às
vezes.
|
Cansaço: Sentindo falta de energia que você
costumava ter.
|
||
Nervoso, ansioso.
|
||
Músculos tensos ou doloridos.
|
||
Dificuldade de concentração.
|
||
Esquecendo-se mais das coisas, memória fraca
|
||
Querendo fugir de tudo, vontade de livrar-se dos
compromissos.
|
||
Falando muito e muito rápido.
|
||
Comendo em excesso.
|
||
Sem apetite.
|
||
Sono agitado, pesadelo.
|
||
Hipersensível, sempre preste a chorar.
|
||
Confuso, sem saber claramente o que quer.
|
||
Constipação.
|
||
Diarréia
|
||
Triste ou deprimido.
|
||
Agressivo ou supercrítico.
|
||
Dormindo demais.
|
||
Dificuldade para dormir.
|
||
Resfriado freqüentemente.
|
||
Problemas de pele (alergias)
|
||
Taquicardia sem causa aparente.
|
||
Problemas cardíacos (Arritmia, Bloqueio)
|
||
Dificuldade em respirar? Respiração superficial,
rápidas apnéias.
|
||
Cefaléias, enxaquecas.
|
||
Pressão alta.
|
||
Ingerindo bebidas alcoólicas em excesso.
|
||
Problemas menstruais e cólicas.
|
Nota:
Caso o resultado dê
mais de 3 características com opção Freqüentemente, você está com um nível de
estresse que demanda cuidados, comece a realizar as atividades que constam no
anexo 2.
ANEXO 2
DICAS
PARA A REDUÇÃO DO ESTRESSE
1.
Prepare-se para o dia seguinte na noite
anterior. Faça uma lista de todas as coisas que precisa fazer no dia seguinte,
organize as roupas que irá usar;
2.
Não dependa de sua memória. Escreva os
compromissos marcados;
3.
Deixe 15 minutos de tempo extra para
chegar a seus encontros. Programe um dia realístico: deixe tempo suficiente
entre os encontros;
4.
Organize-se! Deixe seu quarto e local de
trabalho em ordem, de modo que você saiba exatamente onde as coisas estão;
5.
Aprenda a dizer “não”. Recuse projetos
extras ou convites sociais para os quais sabe que não possui energia. Aprenda a
delegar responsabilidades para outras pessoas;
6.
Mantenha-se em silêncio todos os dias
num período particular, para introspecção e meditação. Desligue seu telefone
quando estiver nesses momentos de silêncio e relaxamento;
7.
Faça breves pausas. Pequenas pausas de
dez minutos durante o trabalho são fundamentais para repor a energia mais
rapidamente. Ocupe-se com uma distração mental temporária – uma mudança de
atividade ou de ambiente para refrescar sua mente. E não se esqueça de fazer
pausas para a refeição;
8.
Nada pode lhe deixar nervoso ou
desanimado tão rápido quanto o envolvimento com pessoas ansiosa ou deprimidas.
Quando você tem de que lhe dar com pessoas irritantes ou negativas, respire
lentamente e profundamente e faça um esforço determinado para manter sua mente
positiva. E lembre-se irritabilidade é a maneira mais segura para você aumentar
seus hormônios venenosos do estresse e provocar doenças;
9.
Confira sua respiração constantemente ao
longo do dia, especialmente durante e após situações estressantes. Se você
perceber que seus músculos estomacais estão presos e que sua respiração está
superficial, relaxe completamente e faça respirações diafragmáticas, lenta e
profundamente;
10.
Exercite-se ou caminhe ao menos por 30
minutos. Caminhar ao ar livre é muito melhor do que horas de exercícios numa
academia;
11.
Cuide de sua dieta. Elimine ou diminua a
quantidade de cafeína, açúcar branco e gordura animal de sua alimentação;
12.
Todos os dias faça algo que você ama
fazer, e acrescente um pouco de amor em cada coisa que fizer.
Fonte anexo 1 e 2: ANDREWS, Susan. Stress a seu favor: Como
gerenciar a sua vida em tempos de crise/ Susan Andrews, Tradução Niels Nikolay Gudme –
São Paulo. Editora Agora, 2003.
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