quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

AUTOGESTÃO



Em uma aula de empreendedorismo tive a oportunidade de conhecer uma nova alternativa de gestão, praticada pela processadora de alimento norte americana Morning star onde em sua autogestão decidiu não ter gerentes, cargos de chefia ou promoções, no início da reportagem de Gary Hamel a revista Harvard Business Review Brasil a ideia parece até utópica, mas é algo empreendedor que pelos números de crescimento parece está dando certo, uma vez que nos últimos 20 anos, a receita e o lucro cresceram a um ritmo de dois dígitos.



A iniciativa se baseia em 7 pilares:

Ø  CUSTOS MENORES: Ausência de gerentes reduz total de funcionários e custos com folha. A economia é usada para melhorar salário de todos e financiar o crescimento;

Ø  MAIS COMPANHERISMO: Intrigas politicagem e “puxa-saquismo” diminuem drasticamente quando o pessoal deixa de brigar por promoções;

Ø  MAIOR INICIATIVA: proatividade é o norte, pois existe liberdade para agir, com uma maior motivação de ajudar colegas, o que aumenta seu capital reputacional;

Ø  MAIOR LEALDADE: pouca gente deixa a empresa para ir trabalhar em rivais, e até o pessoal temporário se mostra dedicado à organização;

Ø  CONHECIMENTO MAIS APROFUNDADO: já que cada um é responsável pela qualidade do trabalho que executa, todos são obrigados a investir na própria capacitação;

Ø  DECISÕES MELHORES: ao levar o conhecimento para a linha de frente em vez de alçar decisões aos chefes, a autogestão promove decisões melhores e mais rápidas;

Ø  MAIOR FLEXIBILIDADE: trabalhadores respondem com rapidez, formando grupos para enfrentar desafios e testar novas ideias.



Outra inovação é o CLOU (Colleaugue Letter of Understanding) que significa colegas afetados por seu trabalho, que consiste em acordos voluntários entre agentes independentes acerca da melhor forma de desenvolver o trabalho, segundo Rufer presidente da empresa “cada colaborador é responsável por cumprir sua missão e por obter treinamento, recursos e cooperação necessários ao cumprimento dessa missão”.

A ousadia não para por aí, comitês locais de remuneração são eleitos todo ano para se votar o salário, levando em consideração o CLOU e as metas do ROI (Return over Investment) em português retorno sobre o investimento, cada funcionário faz uma autoavaliação descrevendo como se saiu em relação as metas, o comitê aprecia e revela os níveis individuais de remuneração, garantindo que o salário esteja alinhado com o valor agregado.

Como falamos acima parece utopia, pois não sabemos se este esquema é o real motivo do crescimento financeiro, uma vez que a empresa é de capital fechado e não informou todas as informações necessárias para esse parecer, entretanto é importante conhecer esse novo tipo de gestão, e saber que esse modelo pode não ser compatível com todo tipo de cultura ou de pessoa, uma vez que a própria reportagem traz casos de demissões de funcionário que não se adaptaram. Porém aos gestores interessados em implantar em seu setor, é necessário saber que nenhuma autogestão se faz sem que todos tenham informações de todos os trámites, e o seu real papel dentro da organização, é o meu movimento particular acerca da difusão da orientação do trabalhador acerca do que será exigido dele no ato da admissão.






REFERÊNCIA:

Gary Hamel, A grande ideia: Primeiro vamos demitir todos os gerentes. Harvard Business Review de 6 dezembro, 2011.


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